segunda-feira, 10 de março de 2014

Pode até me chamar de velho

Pode até me chamar de velho




Pode até me chamar de velho
Mas no meu tempo era diferente.
Sou do tempo em que as TV's eram em preto e branco, e os sonhos eram coloridos.
Sou do tempo em que os jovens matavam apenas as aulas, e não aos professores.
Do tempo em que a única marca de nossas roupas, era a que ficava do ferro a brasa.
Naquele tempo, para compor uma canção, se olhava para os olhos de uma mulher, e não para a sua bunda.
Sou do tempo em que uma pessoa insuportável e inconstante era apenas um chato, sem essa de transtorno bipolar.
No meu tempo não existia criança hiperativa. Ou era educada ou era sem modos.
Sou do tempo em que as roupas eram baratas e o valor estava nas pessoas.
No meu tempo, se escondia papel de bala com um nó (beijo), e não uma gravidez.
Naquele tempo brincávamos sem culpa (Bullying contra gordo? Como Assim? O gordo era o que mais me batia).
Sou de um tempo em que podíamos ficar triste, nos dando direito de ser humano, sem que um psicólogo de plantão (Sabe-tudo) nos dissesse que era depressão, ou que o pastor curandeiro dissesse que estávamos endemoninhados. (Desencapetamento nele)
Sou do tempo da rodinha de amigos, e não o quadradinho de oito.
Naquela época crente não tinha vergonha de ler e carregar a bíblia. E o católico ia à missa pra rezar, independente da roupa...dos outros.
No meu tempo, os lideres religiosos ainda não haviam terceirizado os serviços de Deus, do tipo, problemas, entrega pra Deus, lucro traga pra nós.
No meu tempo as crianças não eram obrigadas a serem mini adultos.
Ainda assim, no meu tempo eu sonhava com o dia de hoje. Pra hoje compor cartas falando do meu tempo.Vai entender!
Ah no meu tempo... Fazer o que? Era assim!

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